segunda-feira, 7 de março de 2011


Eu me entreguei, assim como você se entregou e juntos fomos nessa travessia, com um bote furado, sem nenhum tostão no  bolso em um mar tão agitado. Você remava, eu remava, algumas vezes ventava tão forte que podia jurar que estávamos prestes a naufragar. Eu não sabia nadar, mas tinha certeza que você me ajudaria. E se meu folego acabasse você me daria o seu. E assim íamos na nossa nada pacifica volta ao mundo. Eu aqui e você ai.
Arriscamo-nos demais e sob chuva e sol desgastou, morreu. 
Não há amor que aguente a tantas ondas e ventanias.

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